Adoro tudo o que é nacional, mas....Love everything portuguese, but...

terça-feira, outubro 23, 2012

Olá bom dia, como estão? Tudo bem? Eu estou mais ou menos, não, não me vão ouvir falar da crise, que já ninguém aguenta! Mas vão ouvir-me falar da crise de ideias, de inovação, de criatividade e muito francamente, ainda que isto seja uma opinião muito pessoal, de bom gosto. Trabalho e vou trabalhar sempre, privilegio e vou privilegiar sempre o que é nacional. Recuso-me a ser daquelas pessoas, que acha que só é bom, o que vem do exterior, mas caramba, temos mesmo que ver sempre as mesmas coisas de empresa portuguesa, para empresa portuguesa???!! Posso dar-vos dois exemplos muito concretos: 

Toda a indústria de mobiliário nacional, salvo honrosas excepções (que infelizmente só encontram escoamento para as suas peças, no exterior, devido ao fraco poder de compra português) faz exactamente as mesmas coisas, no exacto mesmo estilo...





E é isto! Sempre isto, paralelepípedos sobre paralelepipedos, blocos sobre blocos, como se fosse o tetris! Numa conjugação de lacados e folhas de madeira, vidro, e pequenos apontamentos de inox! Não sei dizer, quantas vezes já entrei em casa de clientes com estas composições, todas iguais, com uma ou outra diferença...

 Exemplo, a industria de tapeçaria portuguesa, oscila entre três produtos, as alcatifas (lisas por excelência),  os tapetes shaggy (que já ninguém aguenta) e tapeçaria mecânica com os designs mais esquizofrénicos de tão multicoloridos, que não se aguenta...



                 

               E pronto é isto! Será que é tão impossível fazer uma coisa destas, industria portuguesa?


                     

ou destas, industria portuguesa?



Acho que é por isto, que opto sempre por desenhar o meu próprio mobiliário, e por isto que opto por tapetes lisos! É que fazer uma coisa diferente como umas riscas (uuuuí que coisa tão estranha), um passe-par -tout (uuuí que medo), um chevron (ah?) por encomenda, chega ao cliente a um preço tão incomportável, que muito francamente, nem sequer dá para propor! É que eu trabalho com pessoas reais, com o português, que não tem outros rendimentos, senão o seu salário, e eu tenho que ter respeito por isso! Nem sequer vou traduzir este post para inglês, porque este é o meu puxão de orelhas, ao nosso Portugal. Temos tanta qualidade, é que temos mesmo, mas onde está um design simples, clássico, intemporal? Onde? Não concordam comigo?  Adoraria saber a vossa opinião, digam-me o que pensam, é importante! Beijos, nós vemos-nos aqui amanhã!

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15 comentários

  1. Não podia estar mais de acordo!
    Eu não tenho a minha casa assim!
    Só tenho pena que a sua loja seja um pouco longe porque senão acho que me "perdia" nas suas ideias! Gostava imenso de um tapete grande - tipo 3,60x 2,50 -liso, para o meu quarto e não faço ideia onde o encontrar, até porque nas fabricas é so por encomenda e atraves de profissionais...
    beijinho
    MariaL

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    1. Olá Maria, mande-me um mail com as medidas e cores que pretende e eu faço-lhe chegar um orçamento sem comprimisso, beijinhos, Maria.

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  2. Concordo! Parece que demoramos anos luz a seguir as tendências actuais e depois ouvimos reclamações sobre o Ikea e a sua concorrência desleal. Esquecem-se que não estamos a nadar em dinheiro e que estamos fartos de estruturas geométricas.

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  3. Olá! Não posso deixar de ser indiferente a este post do qual subscrevo totalmente! E ainda acrescentaria a secção de iluminação que mete medo que dói! Existem 2-3 empresas que fazem-no com qualidade, mas que depois ora não vendem para o nosso país, ora têm preços incomportáveis..

    Outra situação que me deixa louca, é o tal suposto "moderno"! "Ah! A minha casa é moderna! É do estilo moderno" O que é isso?! Moderno é ter uma casa sem personalidade? Sem História? Nem Carisma? Moderno é colocar "os tétris" todos a fazer pandam com o tapete "arrojado" e os sofás de canto gigantes forrados de tecidos duvidosos que ocupam metade do espaço? E os centros de flores que ora são mais deprimentes que os dos funerais, ora são laranjas com brilhantes? Os nossos industriais deveriam fazer uma profunda introspecção sobre o que produzem e o que "vendem" aos clientes.. Deveriam focar-se no genuíno e no autêntico! Deveriam ser "educados" no bom gosto e "educar" os clientes.. Sim, porque só há dois "tipos" de gosto.. Há o bom gosto e a falta dele!

    Perdoem-me a minha azia matinal! Beijinhos. Cláudia

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  4. Olá Ângela! Em primeiro lugar quero dar-lhe os parabéns pelo blog, sou leitora assídua e acho que é absolutamente excepcional. Em segundo lugar, não podia concordar mais com este post. Quando foi a altura de mobilar a minha casa nova tive imensas dificuldades em arranjar mobiliário sem ser "formatado", igual a todos os outros (acabei por optar por empresas nacionais ligeiramente mais originais mas das quais não fiquei cliente devido ao atendimento), já para não falar dos tapetes...todas as lojas e sites apresentam exactamente os mesmos! O que eu gostava era exactamente de uns desse género que colocou na imagem (com chevron, riscas, trellis, greek keys em azul, verde ou amarelo) e só encontrei em sites americanos, os quais ou não entregavam em Portugal ou com custos incomportáveis. É deveras triste que não haja mais originalidade neste meio. Gostaria muito de conhecer a sua loja, estou a ver que seria uma lufada de ar fresco! Mas vivo no Porto e é raríssimo deslocar-me para esses lados...deixo aqui a sugestão de criar uma loja online :) Continuação de bom trabalho!

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  5. Bom dia Ângela! Na minha opinião, é lançado um modelo de mobiliário, de padrão, de cor, de textura, que ínicialmente surge de uma forma selectiva, destinando-se a uma minoria, mas ao se perceber que funciona, torna-se tendência, fabricando-se em larga escala!
    E como o povo português gosta de seguir tendências, tanto na decoração como na moda, porque o amigo tem , a vizinha tem, ou alguém tem, acabando por banalizar o que já foi original.
    Depois, joga-se pelo seguro e as lojas mais conhecidas comercializam os mesmos produtos, seguindo sempre a mesma linha.
    Se quisermos algo diferente, naoa sendo standarizado, paga-se por essa diferença. Não é caro, não temos é poder de compra!!!
    Para todas as situações, existem dois lados, e neste caso o bom é ser seguidora de blogues que nos educam, que partilham novas ideias e que dão dicas para melhorar o bem estar das nossas casas. É por isso que eu venho aqui todos os dias, para abrir horizontes. Para contrariar tudo o que é formatado, podemos caracterizar o espaço que pretendemos decorar, jogar com peças diferentes, tal como nos indicou. Obrigada!
    beijinhos, ate amanha

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  6. Olá Ângela. Estou totalmente de acordo com o seu post. Vem mesmo a calhar. É incompreensível como os nossos industriais portugueses ainda não se deram conta da completa repetição de padrões, cores, materiais e mesmo "design". Gosto imenso das suas ideias e quando até penso em adoptar algumas delas cá em casa, tenho sempre o mesmo problema... onde encontrar os artigos... Posso dizer-lhe que o mobiliário de minha casa foi todo desenhado por mim e pelo meu marido. Não nos identificamos com nenhuma mobília padronizada que se vende por ai! Este pessoal tem de acordar e tentar perceber que aqui em Portugal também existe gente com muito bom gosto e exigente!

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  7. Olá Ângela! Tal como toda a gente que já comentou, estou completamente de acordo!!

    E venho dar uma sugestão... a Tapetes Beiriz é uma fábrica nacional que produz tapetes por medida, com ou sem desenhos! É tudo de acordo com a vontade do cliente! Os tapetes são de muito boa qualidade e são bastante acessíveis (tendo em conta algumas marcas idênticas internacionais)

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  8. È Sempre mais do mesmo, por mais que andamos de loja em loja,parabens pelo poste Angela.

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  9. Angela, como eu a compeendo! Quanto ao mobiliário, sem comentários...mas também há muito português que adora "mobilia a metro".Quanto ás carpetes,também opto pelas lisas, gosto das de pele e como diz Ana,ninguém bate Beiriz.Uma destas é o meu objecto de desejo.

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  10. Olá Ângela,
    Quando li o seu post hoje pensei... esta rapariga leu-me os pensamentos! Como é possível? Porque concordo 100% consigo!
    Porque é muito dificil encontrar bom mobiliário e bonito!
    Porque os tapetes que mais gostamos não existem em Portugal!
    Porque quase tudo o que é diferente "que sai do quadrado" é carríssimo!
    Um Beijinho Grande!

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  11. Olá Ângela!
    Estou quase, quase inteiramente de acordo consigo.
    Mas acho que merece uma menção especial a belíssima Homes in Heaven que, não devemos esquecer, é uma empresa nacional da região de Paços de Ferreira.
    Parabéns a esse conjunto de pessoas empreendedoras e com "vistas largas" que, numa região onde em termos de mobiliário impera a máxima do "vira o disco e toca o mesmo", souberam ousar e arriscar.

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  12. Este artigo devia sair no jornal!!!
    Parabéns.

    bjinhs
    anarocha
    viana do castelo

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  13. Olá Ângela,
    Bom não vou me tornar "repetitiva" mas também concordo consigo, e olha nem sequer sou Portuguesa, mas sou Angola (uma boa parte de Angolanos compram peças de mobiliário cá em Portugal, então já viu como concordo consigo né?) Será uma questão de Criatividade?! Não sei...Olha eu sou Arquiteta de Interiores, fiz o meu curso nos Estados Unidos, aonde eu reclamava porque havia lá muita aaaaa variedade de mobiliário, desde o tradicional, contemporâneo , moderno etc etc que impossibilitava na escolha; Ora bem estou em Portugal a "trabalhar" num projeto de uma Moradia unifamiliar, e na pesquisa de mobiliário que fiz de loja-em-loja até agora não ha muita diferença a não ser nos preços hehehe... que engraçado! A industrial precisa de profissionais mais Jovens se calhar...Dispostos a Inovar...E quantas mais inovarem melhorar se tornam as peças! E o consumidor ficará mais satisfeito, claro se o preço também for bom, será o máximo!!!
    Conheci hoje o seu Blog, vou voltar,
    mas passe também pelo meu...
    www.claudiaclaki.blogspot.com
    Beijinhos!

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